Região de Guelmim-Oued Noun

A região de Guelmim-Oued Noun está situada no sul de Marrocos possui uma população de 433.757 habitantes.

Está é a região mais ao norte das províncias do sul e a região como um todo cobre uma área de 46.108 km², o que representa 6,49% do território nacional.

Guelmim-Oued Noun é considerada como a porta de entrada para o Saara, para os turistas do deserto, pois conecta o deserto com o oceano. O turismo verde e à beira-mar também é uma das atividades em expansão na região, sem esquecer suas imensas montanhas e oásis.

É uma região rica em elementos históricos e arqueológicos, desde a pré-história até o século XIX, como gravuras rupestres, cavernas, abrigos rochosos, kasbahs, celeiros e outras arquiteturas militares, econômicas e sociais. 

Atualmente ela é composta por 4 províncias, sendo que a sua capital é Guelmim:

  • Província de Guelmim (187.808 habitantes)
  • Província de Assa-Zag (44.124 habitantes)
  • Província de Tan-Tan (86.134 habitantes)
  • Província de Sidi Ifni (115.691 habitantes)

A Economia da Região Guelmim-Oued Noun

A região de Guelmim-Oued Noun viu, nos últimos anos, o lançamento de uma série de projetos, como o desenvolvimento e modernização de infra-estruturas, projetos de construção de estradas, reflorestamentos, criação de espaços culturais e de esporte e a promoção do empreendedorismo.

A economia da região depende de várias atividades, incluindo a pecuária, a agricultura e a mineração. A pesca é uma atividade econômica importante: existem portos em Sidi Ifni e em Tan-Tan. 

O turismo de praia está em desenvolvimento. Graças à sua posição geográfica, espera-se que a região de Guelmim-Oued Noun torne-se um verdadeiro hub, combinando turismo à beira-mar e indústria de frutos do mar.

A região possui cinco parques industriais, tem uma rede rodoviária de 3384 km, em fase de ampliação e fortalecimento de obras (as principais estradas da região são as N1 e N12) e dois aeroportos (Tan-Tan e Guelmim).

Guelmim, a capital da região

Guelmim está situada nas montanhas anti-Atlas do sul, perto da borda noroeste do Saara. Ela é uma cidade murada, com casas construídas com barro vermelho seco ao sol, e rodeada de palmeiras de tamareiras. 

A cidade de Guelmim é importante por causa de sua situação intermediária entre o Saara e o centro do país, um lugar de história, economia e cultura, onde o norte encontra o sul.

Ela é considerada a porta de entrada para o Saara em Marrocos, para os turistas do deserto, pois liga o oceano ao deserto. 

Na região de Guelmim você descobrirá uma nova experiência turística no oásis. A praia de areia branca, localizada a cerca de 30 km da cidade, também é pólo de atração em plena expansão como parte do Plano Azur, com o projeto “Praia Branca-Guelmim”. Guelmim também tem um aeroporto nacional com vôos diretos para Tan-Tan e Casablanca.

A partir de Guelmim é possível ainda pegar a estrada para o sul, em direção a TanTan, e 1.200 km depois, por uma estrada ao longo do oceano, você está na fronteira da Mauritânia.

Guelmim é uma cidade antiga e é muito rica em elementos históricos e arqueológicos. Ela está localizada a 200 km ao sul de Agadir, a 110 km de Tiznit, a 30 km do Oceano Atlântico e a 400 km de Laayoune. 

A área em que Guelmim está situada consiste em planícies arenosas, onde os palmeirais são encontrados nos khangas (desfiladeiros). 

Por fim, um dos destaques de toda a região é o pastoreio nômade de camelos.

História de Guelmim

Guelmim, ou Bab Sahara, como o falecido rei Hassan II a nomeou, é a porta para o Saara marroquino.

A criação da cidade está ligada ao comércio, que é uma atividade profundamente enraizada no vale do wadi Noun e remonta à Idade Média. 

O vale do Noun vinculou as relações econômicas com os antigos centros mediterrâneos, o que lhe permitiu desempenhar um papel predominante na promoção do comércio de caravanismo. 

Antes da chegada dos franceses ao Marrocos, Guelmim era de suma importância para os reis Alaoui, especialmente sob o reinado do sultão Mohamed Ben Abdullah, pois era a capital do Saara e também um centro para trocas comerciais entre Marrocos e outros países africanos. 

Dito isso, vale a pena mencionar que a cidade é o local de uma importante feira anual de comércio de camelos, a “Amhairish”. O camelo é de importância cultural e histórica no Saara marroquino em geral, e em Guelmim em particular.

A província de Guelmim é muito rica em elementos históricos e arqueológicos. Desde a pré-história até o século XIX, os exemplos são numerosos: gravuras rupestres, grutas, abrigos rochosos, kasbahs, celeiros e outros elementos da arquitetura militar, econômica e social, que nos mostram que houve um aumento de interesse dos homens nesta área, desde milhares de anos até a metade da dinastia marroquina.

Existem mais de 22 tribos em Guelmim, uma característica marcante da cidade, especialmente se levarmos em conta a dificuldade de encontrar uma comunidade culturalmente diversificada, que engloba várias raças e tribos vivendo harmoniosamente uns com os outros. 

A esse respeito, Guelmim é um caldeirão de muitas origens culturais, onde a tolerância, a coexistência e a simplicidade são privilegiadas em relação à discriminação racial.

Geografia e clima de Guelmim

Localizada entre a planície de Souss e o Sahara marroquino, a província de Guelmin é delimitada pelos relevos do anti-Atlas no norte e a montanha de Jbel Bani no Oriente, e tem uma costa que representa 85% da costa atlântica de Marrocos.

A província ocupa uma área de 10.346 quilômetros quadrados. O clima da zona é caracterizado por uma aguda aridez e uma raridade de precipitações. 

A influência da proximidade do Oceano Atlântico é sentida apenas na orla costeira, enquanto o restante do território torna-se cada vez mais árido conforme mais distante do mar. 

Em Guelmim, a pluviosidade média anual é de 123.9 mm e o período chuvoso estende;se de novembro a fevereiro com uma precipitação máxima de 25 mm em dezembro. 

Na província de Guelmim, a temperatura média aumenta significativamente de oeste para leste, devido à diminuição da influência oceânica.

A temperatura média é de 20°C, sendo que a temperatura mais alta é de 34°C e ocorre em agosto, enquanto a temperatura mínima média é de 11°C e ocorre em janeiro.

No inverno, Guelmim é caracterizada por um período seco de sete meses, que vai de fevereiro a novembro. 

A província está sujeita a dois tipos de vento: ventos do norte e do noroeste que trazem umidade e precipitação e ventos quentes e secos no verão, chamados de Chergui, que trazem calor e seca. A velocidade do vento é constantemente alta e chega a exceder os 7,2 km/h.

Locais a visitar em Guelmim

Dada a sua posição geográfica como um elo entre o norte e o sul do Saara, a cidade de Guelmim sempre foi um importante centro de comércio. Além da riqueza de seu patrimônio, a região também possui um potencial natural significativo, incluindo a praia branca e vários oásis.

Também conhecida por Goulimine, esta pequena povoação de casas vermelhas com portas azuis foi um importante centro da rota das caravanas entre os séculos XI e XIX. 

A cidade apresenta uma indústria artesanal local de produtos de couro, que usa principalmente peles de cabra para fazer pufes, sacos e caixas de rapé. 

A joalharia berbere tradicional e a tecelagem de tapetes são caracterizados pela simplicidade dos padrões e pelas poucas cores usadas.

Um dos costumes distintos dos saharauis é a calorosa hospitalidade, com o chá como a principal bebida servida aos hóspedes, juntamente com frutas secas. Esperar à preparação do chá pode durar vários minutos antes do serviço ser realizado, ao passo que ele é lentamente preparado em carvão para dar um sabor mais forte.

A principal atração em Guelmim é o seu famoso mercado de camelos, pois é aqui que o maior mercado de camelos do país é realizado todos os sábados de manhã.

Há uma excelente seleção de camelos de todas as regiões desérticas e, além de vê-los, os visitantes também podem aprender sobre as tradições e contos dos saharauis – também chamados de “Homens Azuis do Deserto” – e a importância dos camelos em sua cultura e patrimônio.

Os “Homens Azuis do Deserto”, os Tuaregues, recebem esse nome por causa das roupas que usam, que tem a cor índigo e que geralmente transfere seu pigmento para o dono, dando à pele uma cor azulada. Isso ocorre porque a cor é socada no pano, ao invés de ser cozida, para economizar água. 

As roupas que vestem são, portanto, coloridas com índigo, que é uma mercadoria muito escassa e cara, e tons azuis mais escuros na pele de um homem são geralmente considerados uma indicação de grande riqueza. 

Os Tuareg vêm regularmente a Guelmim no dia do mercado para trocar seus camelos, comprar suprimentos e fazer novas vestes para eles. 

Guelmim também recebe visitas por causa de seus arredores. A 14 km para norte ficam as fontes termais Abeino com piscinas para homens e mulheres. A vasta Plage Blanche (Praia Branca) está a 60 km a oeste de Guelmim e o bonito Oasis Ait Bekkou, que está a 17 km para sudeste, é o maior da região.

Pontos de interesse:

  • Anti-Atlas
  • Amhairish
  • Oued Boulgour
  • The Agadir Aguelouy
  • Marabout Irherm Iguezzoulene