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A região de Laayoune-Sakia El Hamra em Marrocos possui uma população de 367.758 habitantes.
Na borda do Oceano Atlântico e na porta de entrada para o Saara, Laayoune-Sakia El Hamra, chamada “a região das areias”, é o encontro entre a areia de praia e a areia do deserto, que recebe os visitantes em um cenário naturalmente belo e variado.
O clima da região é saariana, frio no inverno, seco e muito quente no verão, marcado pela escassez de chuva e sol permanente.
Na faixa costeira, as temperaturas são moderadas, devido à proximidade do Oceano Atlântico. O restante do território, por sua vez, se torna mais e mais árido conforme se aproxima do interior.
Atualmente Laayoune-Sakia El Hamra é composta por 4 províncias, sendo que a sua capital é Laayoune:
- Província de Laayoune (238.096 habitantes)
- Província de Boujdour (50.566 habitantes)
- Província de Tarfaya (13.082 habitantes)
- Província de Es-Semara (66.014 habitantes)
A Economia da Região Laayoune-Sakia El Hamra
A economia da região Laayoune-Sakia El Hamra baseia-se principalmente no desenvolvimento de florestas, pesca marinha, turismo e minas (fosfatos e sal).
A agricultura na região não é fácil devido às duras condições climáticas e à falta de recursos hídricos e terras férteis.
Por outro lado, a atividade pastoral é muito importante dada a grande variedade de campos, mas também porque a atividade faz parte do estilo de vida da população local.
Já a pesca marítima é um dos setores mais importantes da economia da região. O desenvolvimento deste setor baseia-se nos recursos haliêuticos abundantes que cercam as costas do Atlântico do Saara, ou seja, a infra-estrutura do local com os portos de Laayoune, Boujdour e Tarfaya (o de Boujdour é apenas um grande ponto de embarque).
A importância do setor industrial na região manifesta-se principalmente na província de Laayoune, que representa 3% do total de estabelecimentos industriais.
Laayoune, a capital da região
Laayoune, também chamada de El-Aaiún ou Aiun, é a maior cidade do Saara marroquino e está localizada na borda do Atlântico, a 500 km ao sul de Agadir, a 400 km a oeste de Tindouf, na estrada para Dakhla e a 13 km do Oceano Atlântico.
Na beira do Oceano Atlântico e às portas do Saara, Laayoune “a cidade das areias”, na qual a areia da praia e a areia do deserto se encontram, recebe seus visitantes em um cenário natural esplêndido e variado.
Laayoune aproveitou o desejo do Estado de organizar o desenvolvimento das províncias do sul e, como tal, ela beneficiou-se de inúmeros investimentos. A cidade tem passado por uma intensa atividade econômica em resultado da criação de diversas lojas, do seu grande mercado e por ser reconhecida pelo seu extraordinário artesanato.
História de Laayoune
Laayoune ou El Aaiún, são respectivamente as transliterações francesas e espanholas do nome árabe Maghrebi Layoun, que significa “as nascentes de água”.
Em 1934, o tenente-coronel espanhol Antonio de Oro montou um quartel na pista entre Cabo Juby e Villa Cisneros (atual Dakhla), e fundou oficialmente a cidade de Laayoune em 1938, quando percebeu que o lençol freático dali era promissor.
Nos anos 1950, Laayoune tornou-se uma cidade de colonização e serviços destinados a famílias militares espanholas.
Em 10 de fevereiro de 1958, a França e a Espanha uniram forças para reprimir severamente um exército de libertação do Saara. A intervenção foi chamada de Operação “Écouvillon” pela França, e durante este período vários nômades saharaui estabeleceram-se na cidade.
Este assentamento, no entanto, não foi acompanhado por um desenvolvimento da infra-estrutura e serviços sociais apropriados que levassem à modernização da vida daquelas pessoas.
No início dos anos 1970, as autoridades espanholas iniciaram um tímido processo de desenvolvimento social, que durou pouco tempo, coincidindo com o fim da presença espanhola e o retorno da cidade ao que era antes.
Em 17 de junho de 1970, manifestantes liderados por Mohammed Bassiri levaram uma petição ao governador geral do Saara Espanhol em Laayoune. Foi aí que a cidade tornou-se palco da Intifada de Zemla, que resultaria em um massacre, com a morte de 11 pessoas.
Enquanto o protesto dispersava-se, a polícia tentava impedir os líderes. Devido a protestos resistentes, o Governo envolveu a legião estrangeira espanhola que atirou contra a multidão.
Centenas de pessoas foram presas nos dias seguintes, incluindo Bassiri, que desapareceu na prisão, supostamente assassinado ou torturado até a morte.
Antes de 1976, depósitos de fosfato eram explorados em Bou Craa a sudeste, e um transportador de 105 quilômetros de comprimento foi construído para levar o minério de lá para um cais de carga na praia de Laayoune.
No final da década de 1970, a cidade foi dividida em duas partes: a cidade moderna para os colonos, e a cidade para a população nativa, que perdeu tudo e passou a viver à beira da modernidade.
Em 2009, a província de Laayoune foi desmembrada para permitir a criação da província de Tarfaya, absorvendo cinco das suas comunas: a comuna urbana de Tarfaya e os distritos rurais de Daoura, El Hagounia, Akhfennir e de Tah.
Em 10 de outubro de 2010, os saharauis instalaram o campo de “protesto” de Gdeim Izik à 12 km de Laayoune. Eles exigiram a melhoria de suas condições de vida, empregos e habitação.
Em 24 de outubro, um menino de 14 anos em um comboio armado foi morto pela gendarmaria (força militar), quando o comboio tentou invadir o campo.
No dia 8 de novembro, forças marroquinas invadiram um acampamento de 28 mil saharauis que viviam perto da cidade, matando várias pessoas, incluindo oito entre a polícia e dezenas ou centenas de feridos, segundo fontes.
O acampamento teria sido completamente desmantelado. As autoridades marroquinas anunciaram a morte de 10 polícias e 2 civis, enquanto a Frente Polisário declarou 10 mortos e 169 “desaparecimentos”.
Para o correspondente especial do diário francês Le Monde, estes números são “inverificáveis” e poucos jornalistas puderam ter acesso aos campos em face do bloqueio da mídia imposto pelas autoridades marroquinas.
Hoje, Laayoune não tem nada a ver com a pequena cidade de 1975. Do início de 1976 até os dias atuais, Laayoune conheceu um desenvolvimento sem precedentes, que mudou completamente e transformou a cidade e sua população. Agora ela é uma cidade moderna, cheia de vida econômica, social e cultural.
Isso significa que em menos de um século, Laayoune, estabeleceu-se como a capital da região do Saara, desenvolveu-se rapidamente, tornando-se o primeiro pólo econômico e administrativo das províncias do Saara.
Geografia e clima de Laayoune
A província de Laayoune tem uma área de 33.000 km². O relevo da província consiste essencialmente em enormes planaltos desérticos, muito pouco acidentado. A sua monotonia é interrompida apenas por alguns sabkhas (lagos de sal), dunas e uma rede hidrográfica relativamente pequena.
O leito geológico é formado por calcários e arenitos do início do Cretáceo, com uma leve inclinação para o oeste, coberto por uma área de cerca de 15 km da costa, por poderosos leitos discordantes do Oligoceno e do Mioceno.
Laayoune é ainda caracterizada por um clima semi-árido, marcado pela escassez de chuvas. Na faixa costeira, as temperaturas são moderadas e influenciadas pela proximidade do Oceano Atlântico.
Os montantes de precipitação são geralmente baixos e distribuídos de forma desigual na área, afetando a província sob a forma de tempestades breves. A média observada na última década é de cerca de 60 mm anuais.
As médias mensais e anuais têm uma significância concreta, aleatória, devido à grande variabilidade do regime de chuvas. Por exemplo, o máximo anual observado na província é de 115 mm na estação de Tarfaya, que também já registrou um mínimo de 3 mm!
A umidade relativa do ar é uma característica específica do clima costeiro. Permanece alta durante o ano todo, mesmo no verão, e normalmente é sentida até mais de 30 km para o interior. Já a temperatura média anual de Laayoune é de 20°C.
Essas condições são obviamente incompatíveis com qualquer forma de agricultura de sequeiro. Por outro lado, chuvas ocasionais podem ter consequências catastróficas.
Locais a visitar em Laayoune
A faceta mais interessante de Laayoune é a sua estranheza. Você pode visitar a Igreja Colonial Espanhola onde muitos trabalhadores da ONU se reúnem para adorar ou simplesmente passar uma tarde conversando com os soldados, tomando chá de menta.
Ou visitar a praça principal, a Place du Mechouar, assistir a uma partida no estádio de futebol a noroeste da cidade ou visitar o aviário em Colline des Oiseaux.
Para as mulheres, uma atividade divertida é comprar “malhafas”, as roupas coloridas usadas por mulheres Saharauis.
Dezenas de cafés e restaurantes acessíveis podem ser encontrados em e ao redor da Place Dchira. Um favorito da comunidade internacional é o Pizzaria la Madone, um restaurante que serve pizzas recém-assadas, de massa fina, bem como outros pratos de massa. Se deseja uma comida chinesa autêntica, vá até a House of Chen na Avenue Talha Bnou Zoubeir.
A cerca de 14 km ao sul de Laayoune há uma grande praia em Foum el Oued. Os ônibus partem de Laayoune para Foum el Oued durante os meses de verão, e durante o restante do ano você pode contratar um Grand Taxi para levá-lo até lá. Parques de campismo e vários hotéis e moradias de aluguel estão disponíveis na praia.
O souk dos dromedários é um bairro popular que conhece uma intensa atividade econômica pela abundância de lojas, por um artesanato extraordinário, e pelo seu grande mercado, o Centro Cultural Nacional.
Este centro inclui uma sala de música, bem como uma grande sala de leitura. As obras, que estão lá contidas, são traduzidas em várias línguas, em particular o árabe, o francês, o inglês e o espanhol.
Pontos de interesse
- Dunas de Laayoune
- Centre Artisanal
- Praça Mechouar
- Catedral de São Francisco de Assis (Catedral Espanhola)
- Grande Mesquita de Laayoune
- Parque Jardim Laayoune
Onde ficar em Laayoune
Hotéis 5 estrelas em Laayoune
Não há hotéis de 5 estrelas em Laayoune.
Hotéis Luxuosos em Laayoune
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- Résidence La Place (hotel situado no centro)
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Riads em Laayoune
Não há riads em Laayoune.
Hotéis Económicos / Baratos em Laayoune
- San Mao Sahara (hotel situado perto do centro)
- Hotel Rimal Sahara (riad situado perto do centro)